domingo, 22 de maio de 2011


DOR INSANA

Esta dor insana que brota em mim
pela sua fuga sem razão
sangra,
escorre,
e faz sulcos em minh’alma,
agora fria, escura, sem vibração.
Os respingos mancham meu coração já branco
porque dele tudo se esvaiu...
está vazio pelo sofrimento que me corta, dilacera,
me faz revirar noites inteiras
tentando, inutilmente, dormir...
o sono foge de mim.
Melhor seria deitar na areia da praia,
fechar os olhos e aí, quieta, à mercê da minha entrega
ao meu próprio abandono, ficar, sem pensar.

Quem sabe a brisa suave que vem do costão
me toque devagarinho
e, no embalo das marés,
me conduza docemente pra navegar,
à sua procura, e eu, louca,
te encontre no meio mar.

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